Numa noite de
dezembro de 1914 em New Jersey, as instalações fabris de Thomas
Edson foram
destruídas pelo fogo e ele perdeu equipamentos no valor de
cerca de 1
milhão de dólares, além dos registros de grande parte do seu trabalho.
Na manhã
seguinte, ao caminhar por entre os destroços carbonizados de seus
sonhos, o
inventor que contava 67 anos de idade disse: “Os desastres têm um
préstimo -
queimar nossos erros. Depois a gente pode começar de novo.”
Edson
compreendeu um dos grandes princípios da vida: qualquer situação, seja boa ou má,
se altera, na dependência da atitude com que a encaramos. Os melhores
otimistas enfrentam os problemas com filosofia corajosa e conseguem emergir das
tragédias ainda mais fortes. E pesquisas recentes referem que os otimistas
ganham mais dinheiro, têm mais sucesso escolar, são mais saudáveis - o que
ocasiona uma vida certamente mais longa. Ou seja, o otimista leva vantagens em
relação ao pessimista, seja em qualidade ou quantidade de vida.
O Dr. Alan Loy
McGinnis, famoso psicoterapeuta da Califórnia, estudou durante
anos a
motivação dos otimistas, analisando a vida de pessoas de sucesso. Ao
sofrerem
terríveis contrariedades, todas elas apresentam técnicas para abrandar
a decepção e
não perder o entusiasmo durante períodos difíceis. Vejamos
alguns
conselhos úteis e verão que vale a pena viver a vida:
Ensaie seu
sucesso: Os otimistas estão sempre imaginando o dia em que irão
alcançar seus
objetivos. Um famoso praticante de tiro ao alvo, respondendo a
respeito das
qualidades necessárias para se adquirir sucesso naquele esporte,
afirmou: “O
segredo reside no condicionamento mental. Todos os dias passo
um filme na
minha cabeça no qual me vejo fazendo disparos perfeitos”.
Um vendedor,
hoje famoso presidente de certa corporação, começou sua carreira vendendo
materiais de cozinha de porta em porta. No primeiro dia, conseguiu ter sucesso apenas uma vez em 40 tentativas. Mas nunca mais se esqueceu do rosto daquela mulher que acabou por lhe comprar alguma coisa. Tal compra (ou venda)
aconteceu em várias etapas: suspeita, interesse e, por fim, aceitação total. Durante
vários anos, quando tinha dificuldades, ele costumava lembrar daquele rosto
como quem recorda um talismã.
Descubra
oportunidades nos fracassos: Há alguns anos um escritor iniciante e
seu agente
foram fazer uma proposta, que julgava ótima, a um editor, mas que
foi de imediato
recusada. O escritor sentiu-se totalmente desencorajado, mas
não seu
companheiro: “É agora que vender a idéia fica interessante!”- exclamou
ele - “Vamos
voltar lá, apelar para as necessidades deles, e os caras vão acabar
nos pedindo de
joelhos para vendermos para eles! O que é preciso é fazer outra
proposta!”.
Aquilo que foi considerado uma derrota para o escritor - o fim, para
o seu amigo era
apenas um contratempo, que o deixou ainda mais motivado. A
proposta foi
realmente aceita, assinaram um ótimo contrato que rendeu lucros
a todos.
Faça mira no
possível: Há muita gente que vive colocando a culpa de tudo nas
circunstâncias:
“Com um patrão assim não se pode trabalhar, com um(a) marido
(esposa)
desses(as) fica difícil conviver, com a saúde abalada e sem dinheiro
não dá certo,
etc.”. As combinações são intermináveis.
No fundo, esse
tipo de gente quer dizer é que não sente força para mudar o
mundo. Ora, é
óbvio que se nos confessamos incapazes, acabamos por atrair
para nós essa
qualificadora negativa: A incapacidade. Pessoas que pensam
dessa forma têm
de descobrir que a vida pode mudar a qualquer tempo. Basta
que elas façam
por isso.
O escritor
Thomas Carlyle passou por seu pior bocado, quando uma de suas
criadas
resolveu acender a lareira com os originais que ele tinha de um livro.
Carlyle
sentiu-se mergulhado em desespero profundo. Depois gradualmente,
palavra por
palavra, frase por frase, começou a reescrever a famosa obra “A
Revolução
Francesa”. que permanece até hoje como um clássico da literatura
universal.
(Ricardo Maurício)